Um pastor de 54 anos foi detido em Manaus sob a acusação de aliciamento e estupro de uma menina de apenas 13 anos, cuja identidade permanece resguardada. A prisão ocorreu no bairro Novo Aleixo, localizado na zona Norte da cidade.
Os eventos que levaram a essa prisão começaram em 26 de setembro deste ano, quando a adolescente desapareceu. Quatro dias depois, ela e sua mãe compareceram à delegacia, momento em que a jovem revelou os abusos cometidos pelo pastor.
De acordo com a delegada Juliana Tuma, responsável pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a jovem conheceu o pastor na igreja em que ele atuava e, posteriormente, passaram a se comunicar por meio de redes sociais. O pastor, utilizando perfis falsos com nomes femininos, marcava encontros com a vítima, manipulando-a gradualmente.
Além do caso em questão, surgiram suspeitas de outras vítimas do pastor, levando a investigação a um possível caso de gravidez envolvendo o mesmo. A adolescente relatou que mantinha relações com o pastor desde março e que ele a convenceu a deixar sua casa em diversas ocasiões, orientando-a em todas as ações. Em certo momento, a esposa do pastor flagrou a jovem dentro do carro com ele, próximo à residência do casal, e comunicou a situação à mãe da adolescente e à comunidade em que o pastor atuava.
Segundo a delegada, o pastor se aproveitava de sua posição de autoridade religiosa e das vantagens financeiras que oferecia à vítima para manipulá-la, exercendo controle emocional e psicológico sobre ela.
Durante uma coletiva de imprensa realizada posteriormente, Guilherme Torres, delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Amazonas, ressaltou a inaceitabilidade de líderes religiosos que abusam de suas posições para cometer atos de violência, enfatizando a determinação da Polícia Civil em lidar com tais casos de forma rigorosa e eficaz.
Este caso reforça a importância de combater e punir severamente abusos dessa natureza, garantindo a proteção das vítimas e a responsabilização dos agressores.