
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem conseguido expandir sua influência entre membros da bancada evangélica, historicamente distantes das causas de esquerda. Esse movimento é considerado um avanço crucial na estratégia política do presidente, que busca apoio de diversas bancadas no Congresso.
Conforme relatos do colunista Elio Gaspari, da Folha, aproximadamente 90 parlamentares ligados aos evangélicos podem estar inclinados a apoiar o governo em determinadas votações – um contingente significativo que pode ser decisivo na aprovação de medidas cruciais, revelando uma tática estratégica de aproximação entre o governo e essa fração da base política.
Adicionalmente, o governo está estudando propostas para ajustar suas finanças, como a redução de altos salários de servidores públicos e modificações na multa do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para empregados dispensados sem justa causa. Essas medidas fazem parte dos esforços para equilibrar o orçamento.
Dentre as alternativas em debate, a diminuição dos altos salários apresenta maior probabilidade de avançar. Por outro lado, a proposta de modificar o seguro-desemprego, similar à que foi considerada no governo anterior, enfrenta mais resistência, mas permanece sob análise da equipe econômica.
Com o crescente apoio de parte da bancada evangélica, o governo Lula almeja estabelecer uma base sólida no Congresso, fundamental para viabilizar suas políticas e assegurar a estabilidade política.